segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O retorno das Sementes.

   2012 se aproximando, tempo de confabular, confraternizar. É natal e o espírito de solenidade toma conta da galera. E 2012 lembra Profecia Maia. Eu, CABAN LUNAR, uma espécie de miniterremoto ambulante, um tanto quanto soturno um tanto quanto avoado, vive nos reinos mentais e se sincroniza com a vida ao seu redor, vim falar de um outro selo maia do qual sou muito afeiçoado. Sementes.
   /Bem, só porque hoje é hoje. Hoje foi o dia em que de certa forma, e essa forma é a mais especial pra mim, eu reatei a amizade com duas pessoas muito importantes, sementes, na minha vida.
    Sementes aos meus olhos são uma explosão de inovação, criatividade. Explosão rápida de cores, formas e sons. Criação, potencial que se expande. Inicio, germinação. Meu relacionamento com esses dois seres (cada um a seu modo, o primeiro uma grande amizade, o segundo um grande amor), segue com algumas coincidências de percurso mas em realidades paralelas, já que são amigos completamente únicos em seus universos próprios. De certa forma os dois seguiram um padrão semelhante (acho que esse padrão sou eu mesmo, o ponto em comum entre as duas pessoas, mas ok), um relacionamento aberto, tranquilo, confortador, ensinamentos trocados, segredos compartilhados. Enquanto ser Terra sinto que esses seres Semente vem deixar algo em mim, uma mensagem, uma luz, uma história. Eles vem, são e então germinam. E como fico sempre aqui por baixo, cuidando dos meus próprios nutrientes, do ciclo das águas que por mim correm e pela manutenção da vida que de mim brota, eu, a Terra, as vezes não alcanço e não percebo os galhos, agora longínquos, cheio de folhas e frutos, dessas sementes germinadas. Não vou me reter em detalhes técnicos e humanos, apenas espirituais. Hoje foi um momento de tomada de decisão interna, tive que optar e achei melhor optar por ter coragem e ter coragem de amar. Estou tentando apenas ser. Buscando forças para apenas ser independentemente das consequências. E uma mágica suave aconteceu. Não tem como não receber amor se vc cultiva Amor dentro e depois manda pra fora.
      Os sementes. Algo neles muda, depois de um certo tempo. Eles germinam. E, claro, simplesmente não podem voltar atrás, uma vez que sua potencialidade tenha despertado. Mas a Terra, sempre plana, sempre cíclica, quase sempre reta deseja manter as sementes sempre bem protegidas, cotilédones só internos e bem nutridos dentro dela. Apesar de saber que isso sempre acontece de novo e de novo, pois é a vida se perpetuando, a Terra sempre se surpreende quando essas sementes dela germinam e então se afastam, mais e mais..  E a Terra chora e será que seu choro alimenta essas sementes? E as vezes a Terra chora por essas folhas que já não mais alcança, mas ela se conforta ao lembrar que um dias as folhas caírão de volta em seu aconchego.
       Hoje, é com grande alívio que deixo registrada a lembrança do dia em que me aproximei um pouco mais de duas pessoas queridas!
       Mesmo sendo uma coisa plana, reta, do chão, esse torrão aqui sabe que o relacionamento com essas Sementes jamais será o mesmo. Apesar da saudade do tempo em que dormiam tranquilas nas reentrâncias da minha proteção, Eu Terra sei que essas Sementes estão em constante germinação. Constante crescimento. E nada pode fazê-las voltar a ser o que eram antes, nem mesmo meu choro que as nutre. Nada a não ser o tempo. A não ser o próprio crescimento, que depois de um ciclo gerará novas Sementes, que acolherei e que chorarei ao perder mais uma vez, mas que um dia retornarão para a proteção e aconchego.
Paz!

Seguindo e aprendendo a se compor dentro da Luz.

Padrinho Alfredo é filho de Sebastião Mota, um dos padrinhos do Santo Daime que mais gosto. Ele tem um hinário com mais de 150 hinos todos muito interessantes. Um dos hinos diz:

É seguindo e aprendendo a se compor dentro da Luz
É um amor permanente o Santo Amor de Jesus...


Sempre fico refletindo sobre isso. Sou CABAN no selo maia, TERRA. Acho um barato a coincidencia dos meus signos em vários horóscopos diferentes. A questão da terra, da razão, do concreto e as vezes rígido está sempre presente em vários signos meus. Mas um dos defeitos ou dificuldades descritos sobre o selo CABAN é a falta de percepção, coragem, força, sei lá, para se manter bem no momento presente.  Caban está sempre lembrando ou remoendo coisas do passado morto ou planejando e esperando o futuro incerto. E sabendo que só o agora é eterno, que o instante tem um quê de centelha divina, fico pedindo a Deus para que eu saiba viver bem nesse agora.

Seguindo e aprendendo a se compor dentro da luz.... Isso sempre pegou pra mim... É como se existisse uma série de rachaduras na minha existência. Momentos de luz, seguidos de dor. Acho que me apego tanto aos momentos bons, vivo com tanta intensidade que quando acaba fico sem chão, sem rumo... Até nisso o equílíbrio se faz necessário. È preciso viver bem o momento presente sim, mas olha o que acontece quando mergulhamos de cabeça, corremos o risco de nos queimar. E também de ser completamente feliz e é importante também saber que tentamos`.

Eu to aqui agora tentando aprender a lidar bem com esse infinito que o momento presente nos traz. Quero saber lidar melhor com seres humanos. Cansei de rachaduras existenciais!

sábado, 3 de dezembro de 2011

HOJE

Hoje o dia amanheceu aberto, colorido. Depois de alguns dias de chuva, o céu abriu, o sol saiu e as flores das árvores da rua se tornaram mais visíveis.

Hoje é o único dia que importa.

O resto sequer existe.

Hoje um dia de alegrias, cercado pela ameaça de tristezas e ameaças e abandonos.

Mas apesar da dor, ainda me contenta saber que estou aqui agora.

No hoje.

Sinto um calor se aproximando, um medo irracional de ser  ferido mais uma vez e ao mesmo tempo um ímpeto por não me entregar pra depressão, um ímpeto pela vida, pelo sol, flores, música.

Por hoje.

Gosto de escrever, o máximo possível e depois de algum tempo ler o que escrevi. Geralmente despejo tudo no papel ou no blog, enfim,  e gosto de reler, depois que a situação que me incomoda já tenha mudado, se dissipado, transformado...

É um exercício terapêutico muito bacana.

Muitas vezes ao ler o que escrevi em épocas passadas, penso "Quanta bobagem! Como eu era fraco, inocente."Isso porque muito provavelmente eu já resolvi internamente as coisas que me incomodavam quando escrevi. Por outro lado, o momento presente é sempre repleto de verdade e sabedoria, e toda vez que escrevo eu estou presente, então encontro também vários pequenos lapsos de sabedoria em coisas do passado que escrevi e resolvo reler.

É sempre bom. Hoje, ontem e sempre.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

PERSPECTIVAS

          No trabalho, esperando a hora passar, escrevendo e fazendo alguns ajustes. Estou curtindo trabalhar onde trabalho, é um campus mais aberto da Universidade, com algumas matas ao redor, e um grande rio que proporciona uma bela vista toda vez que subo para as salas de aula que preciso ir.  Todas as tardes o sol bate na minha janela, aquece a sala e aí eu saio, dou uma caminhada observando o campo de futebol, os estudantes, a cantina. As vezes paro em frente à capela que existe aqui no campus e rezo um pouco. Em outras tardes de sol, fujo alguns minutos da minha sala e vou até o prédio da música, que é um prédio novo e bonito. Existe uma espécie de concha acústica nesse prédio e os estudantes e professores ficam estudando e ensaiando - piano, canto, violencelo, violino. Pelo lado de fora dessa concha acústica existe um vidro e uma espécie de semi arena, um círculo gramado circundado por degraus de concreto, de onde é possível ver o interior da concha. Gosto de correr até lá e respirar, as vezes escutando a música, as vezes meditando, outras vezes fumo um cigarro ou observo as estufas e canteiros da EPAMIG que fica logo em frente. Também gosto de sentar ali pra meditar e observar os pássaros e o céu. Existe uma espécie de passarinho nesse lugar que é muito peculiar é um passeriforme, que é o nome dado à Classe desses passarinhos.... passarinhos! Pequenos, que cantam. E ali em frente ao prédio de música sempre me encontro com um passarinho pequeno e com asas azuis celestes e cinzas, maravilhoso. Existe uma outra espécie também, branca e preta, linda.
Depois de alguns minutinhos de meditação, volto para a minha sala, conversando com um ou outro pelo corredor, resolvendo um problema aqui outro acolá.
É saudável.
Agora, com a expansão da Universidade vários prédios novos estão sendo construídos. Graças a Deus as construções que estão sendo feitas aqui no campus, fogem à lógica do restante da cidade, repleta de construções mal planejadas que fazem com que o espaço seja tomado por verdadeiras favelas. Aqui no campus os espaços livres e abertos e as paisagens estão sendo respeitados, então apesar do crescimento ainda é um lugar agradável de se estar. Podemos caminhar perto de matas. Ou caminhar entre os prédios, um é mais tradicional, contruído a partir de uma antiga escola e o outro, o prédio construído com recursos do REUNI é um prédio bastante arejado, com diversos laboratórios com atividades bacanas nas áreas de comunicação e teatro. Um restaurante universitário, que é prometido a anos, está finalmente ficando pronto e é em um outro local, mais distante, na área do campus.
E assim vou levando os dias. Estou lendo bastante também, retomei um antigo caso de amor com a Marion Zimmer Bradley, então tem sido um deleite. Aproveito os intervalos para curtir as leituras. E me sinto bem. Apesar de ainda ter intermináveis questionamentos sobre mim mesmo, sobre a vida e sobre a eficácia do processo terapeutico, em alguns momentos ainda sinto um sopro de novas esperanças, ainda sinto vontade de viver. Bem no fundo, permeado por uma série de medos, decepções, traumas e inseguranças, ainda existe uma pequena chama, verde, que me diz que posso ser feliz, que dei certo na vida, que sei amar, que sou bom, bom profissional, bom homem, bom amigo, bom estudante e também bom professor.
Essa chama as vezes cresce e vira labareda, outras vezes quase desaparece.

Mas vou fingir que ela nunca desaparece.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

TERÇA FEIRA PLENA

A terça feira pode ser plena sim, mas preciso antes colocar algumas coisas pra fora.

Decepção. É uma coisa que, principalmente, me assusta.  Depois de alguns meses de terapia, comecei a aprender que não se deve esperar absolutamente nada de absolutamente ninguém. É uma espécie de mecanismo anti-decepção, se você nunca esperou nada do outro, o outro não tem como te decepcionar.

Mas tem horas que é difícil . Dois mecanismos os quais estou aprendendo a equilibrar, na minha relação comigo mesmo e com o mundo: quando por ventura começo a amar alguém e essa pessoa me maltrata (as vezes com motivo outras sem ) e aí eu não consigo me manter neutro, me sinto ferido, magoado a cada pequeno mal trato que recebo.... enfim.... E por outro lado, muitas vezes sou eu quem decepciono e aí fico triste comigo mesmo, o que leva a mais decepções, é um ciclo. Ainda bem que existem técnicas pra sair disso.

De qualquer forma assusta, de um jeito ou de outro. Maltratar e perceber que não está dando conta de expectativas que foram lançadas sobre mim ou expectativas que eu mesmo criei para mim e depois perder horar remoendo, revivendo, tentando mudar, tentando crescer, tentando não se importar com ofensas alheias... Assustador. Ou ser mal-tratado, entregar o que existe de mais bonito dentro de mim pra alguém e ser mal compreendido, maltratado. Frightening.

Agora começo a assentar melhor as coisas aqui dentro. Terça-feira plena, São João del Rei. Em alguns aspectos um lugar muito legal, em outros um lugar horrendo. Me sinto mais forte, mas a vontade comigo mesmo, só que queria ir embora. Voltar pra casa, achar um lugar só meu, começar realmente uma vida nova.

Inspirações diversas tem me baixado. Vontade de fazer várias coisas, criar, reviver emoções com velhos amigos, escrever, desenhar. Desenhar muito e ler muito. Cachecóis. E por trás disso tudo a eterna vontade de viver bem, de saber lidar com o que eu tenho chamado de THE MEANWHILE. The meanwhile seria algo tipo "O intervalo". Foi um título que dei que representa uma série de situações nas quais me sinto embaraçado. Meanwhile, ou intervalo, porque geralmente são situações que surgem nas minhas relações após um certo intervalo de tempo. Ou intervalo de espaço. Talvez eu seja de um jeito em um lugar e de outro jeito em outro lugar. É difícil expressar isso em palavras. Difícil tanto nas palavras faladas quanto nas escritas. É um troço maior do que palavras, porque me acompanha durante toda uma vida e vem lá do meu âmago.

Comecei a chamar de "The meanwhile" todos aqueles momentos em que não me sinto tranquilo, os quais não tenho força pra lidar, situações em que me sinto embaraçado. Situações em que me apresento mau humorado, ou desequilibrado, ou deprimido e pessoas que eu gosto ficam decepcionadas comigo. Situações em que eu me decepciono comigo mesmo. Situações em que sou deixado de escanteio. Situações em que me esforço ao máximo, mas o esforço no final das contas não representou nada, situações, que detesto, nas quais não sei resolver os problemas que se apresentam. 

Eu queria dar muito mais, só que as vezes a vida me força a dar algo que simplesmente não tenho, então uma grande dor nasce disso.

Sei lá.

Quero uma terça-feira plena, sem meanwhiles!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Uma memória boa! ou Não dá pra não falar um pouquinho sobre você HOJE

Em você expressei toda a minha bipolaridade latente e inexistente -

Do pico de alegria no dia em que disse "Sim, quero viver com você!"
Á fossa abismal de tristeza e dor no dia em que me deixou.

Sei que agora de nada adianta.
Que minha palavras são jogadas ao vento,
(Quisera apenas as ruins).

Trocadas por palavras vazias
De alguéns que não criam
Só reproduzem e copiam.

Mas queria que soubesse
Como foi a primeira vez em que te disse
Eu te amo.

Se pudesse congelava aquele momento
De tão natural e perfeito.
Era madrugada e estávamos abraçados.

Dois calejados
Que tinham até medo de dizer
Que se amavam
E que amavam um ao outro.

Mas apesar do medo
A frase só brotou
Eu simplesmente percebi
Num estalo.
E foi tão verdadeiro
Que os dois se assustaram.

Naquele momento
Tive uma percepção e uma certeza
Tão profundas
Que não deu pra esconder
Não deu pra negar
Não deu pra disfarçar

Não deu pra segurar aquilo só pra mim...

Só conseguia te abraçar
E em plena madrugada eu percebia
E era tão forte

Que palavras, gestos, cores, nada,

Nada seria suficiente pra expressar aquilo.

E então soltei, porque simplesmente não cabia mais aqui dentro.

Eu te amo.

E fiquei sentindo o impacto.
E foi como se vc tivesse se assustado.

Se encolheu na hora.
Como se tivesse chegado ao fim de uma busca
E se assustado ao encontrar.

Mas agora virou só mais uma recordação bonita.

Os calos se interpuseram mais uma vez.

Falaram mais alto.

Nos "calaram".

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

SETECNOLOGIA

A greve dos servidores das Universidades Federais que durou dois meses terminou essa semana. As negociações não foram muito favoráveis pro nosso lado, mas pelo menos tiramos uns meses de descanso.
Agora estou de volta aqui no SETEC que é o Setor de Tecnologia Informacional e Educacional da UFSJ - Universidade Federal de São João del Rei. Minha história com o SETEC é bacana. No começo eu achava tudo tão estranho, tão difícil. Pensava que não iria dar conta. Basicamente o setor cuida dos data-shows da universidade, dos laboratórios de informática que oferecemos aos alunos e da sonorização dos anfiteatros da universidade. Eu não sabia operar nada no começo, cagava de medo. Também pensava que eu estava meio desperdiçado aqui, pois é um trabalho quase braçal.
Mas com o tempo fui aprendendo e agora até gosto. Fiquei um ano trabalhando no campus Santo Antonio, que é a sede da UFSJ aqui em São João. Foi um ano árduo! Depois, no ano seguinte, pedi transferência para o campus CTAN, que é mais afastado da cidade, numa fazenda muito bonita. Minha chefe, que é muito gente boa, humana, percebeu que eu iria ficar mais feliz aqui e consequentemente até produzir mais e foi o que aconteceu. Nesse segundo ano chegou o Fred e eu e ele somos responsáveis por nosso setor aqui nesse campus. A chegada do Fred foi muito válida e me deu segurança pra fazer o trabalho mais bem feito, pois ele é da área de informática e entende melhor de operação de equipamentos e então foi me ensinando uma porção de coisas. Agora estamos chegando ao fim do terceiro ano, mas ao longo desses dois anos fomos aprendendo a revezar as responsabilidades e o trabalho ficou mais tranquilo!

Agora já considero o SETEC como minha família também. Lá no campus sede trabalham a Mirtes e a Lourdes, que tem sido umas mães pra mim. Trabalhamos, passamos uns momentos estressantes, quando temos que trabalhar muito, geralmente no meio do semestre, mas também nos divertimos bastante. Quando nossos colegas se transformam em amigos, o trabalho fica muito mais bem feito e gostoso!

Bem, fizemos um videozinho, com um pedacinho do SETEC que é meu trabalho, sagrado, e onde pretendo me desenvolver ainda muito mais!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

HOponopono

Boa tarde.

Fui investigar um vídeo sobre EFT e agora descubri uma técnica do Hawaíi chamada Hoponopono.
É uma técnica de autoperdão pra desprogramar memórias dolorosas e evitar a repetição de erros.
A pessoa fica falando pra si mesma:

Me perdoe,
Sinto Muito
Sou grato
Eu te Amo

Viu Netinho?

Me perdoe
Sinto Muito
Sou Grato
Eu te amo


Gente!
O troço é bem milagroso mesmo, em apenas três dias de prática, já me sinto muito melhor, com uma clareza e leveza imensas! A técnica é do povo havaiano Kahuna e foi adaptada pra modernidade por um psicólogo havaiano chamado Len não sei o que. O Len trabalhou com presidiários de uma ala de um presídio havaiano onde ficavam os piores e mais loucos detentos. O lance é totalmente focado na auto cura. Nesse caso do doutor Len, ele não precisava nem ver os detentos. Ele pegava as fichas de cada e levava para o seu consultório e então dizia para si mesmo "O que está errado em mim que fez com esses presos ficassem doentes?" Com esse questionamento na cabeça, sozinho, ele então começava a se aplicar e se tratar com as quatro frase chave. "Sinto Muito" "Me perdoe" "Eu te amo" " Sou grato".
Por incrível que pareça só fazendo isso, depois de quatro anos não havia mais nenhum detento naquela ala. Estavam todos curados!
É um lance meio metafísico. Os kahunas acreditavam (e estavam certos), que toda a realidade se encerra no interior de cada pessoa. Sabendo disso quando surge qualquer problema, a melhor saída não é buscar solucionar externamente. Ninguém trata o outro só a si mesmo.

E funciona.
É necessário também assumir que 100% de tudo que acontece nas nossas vidas é nossa responsabilidade.
Hoje tomei uma consciencia maior do processo, ainda estava buscando um pouco fora. É um pouco difícil essa parte, quando tenho que tratar de algum mal que não necessariamente veio de mim. Mas o doutor Len diz que se esse mal chegou até mim, seja qual for a forma, é porque é relacionado à minha vida e então eu só posso curar a mim mesmo para eliminar o mal. Mas não é fácil. Não é nada fácil. Somos educados em uma cultura que nos ensina que a realidade é aquilo que está fora aquilo que não vem de dentro e que na verdade é o que chamam de Maya, ou seja, ilusão!

Principalmente quando somos agredidos por alguém. Como não ter raiva? Como não ficar culpando a pessoa? Mas eis aí uma chave. Difícílima de ser praticada com perfeição pois ninguém é de ferro. Mas o princípio é mais ou menos o seguinte: Se estão me agredindo é porque de alguma maneira eu também estou me agredindo. E o mundo reflete isso.

Portanto:

Sinto muito
Me perdoe
Eu te amo.
Sou grato

terça-feira, 2 de agosto de 2011

LIBRAS, WIRELESS FREE E BABANAN KEVANAN...

        Ontem as aulas voltaram, aqui na UFSJ e acho que no país inteiro. Quer dizer, voltaram mais ou menos, pois os funcionários da universidade (e de universidades de todo o país) estão em greve e os professores estão cogitando a possibilidade de paralisarem também suas atividades como uma forma de apoio. Mas as aulas continuam apesar disso. Nesse semestre estou com apenas quatro disciplinas, estou realmente e finalmente nos finalmentes do curso. Introduziram aos aspirantes a professores uma nova disciplina obrigatória: libras. E a linguagem de sinais, utilizada para falar com os surdos. Surdos apenas. Não deficientes auditivos, nem surdos-mudos e muito menos excepcionais ou portadores de necessidades especiais. A comunidade surda detesta esses termos, pois são carregados de significados ambíguos. Eles são simplesmente surdos e pronto. E a comunicação com eles envolve uma linguagem complexa, com regionalismos inclusive. Muito bacana a disciplina, estamos treinando o alfabeto por enquanto.
       Depois de uns dois anos de promessas, começaram a instalar uma internet wireless free nos pátios dos campi da universidade. Estou sentado aqui no pátio do Campus Dom Bosco, lep topo ligado, fones de ouvido, com a Janis sussurando algumas notas pra mim e testando a viabilidade e acesso dessa nova conexão. A abrangência do sinal não é muito boa, só funciona dentro dos pátios, mas pelo menos não existe o filtro que barra o facebook geralmente nos computadores da universidade!
    Agora mudando de pau para pedra, saindo da esfera física, concreta para a espiritual. Participei de um trabalho do Santo Daime nesse final de semana. Muito fino! Poucas pessoas, numa mata bacana. Me trouxe uma força e um estado de tranquilidade que eu estava precisando! Foi um trabalho que durou umas quatro horas, hinários de concentração. Mas a galera é bem afinadinha, dois violões, maracás e tambor. Maravilha!
    Com essa mesma galera da igreja, que já conheço a alguns anos, comecei a participar de uma meditação coletiva, num espaço de yoga muito bom. Comecei esse final de semana. A meditação é acompanhada por uns mantras, tocados ao vivo. Babanan Kevanan é o mantra que acompanha a respiração. E tem um bailadinho também e a visualização do próprio Ser, sozinho em cima do topo de uma montanha. Conforme o bailado vai rolando e a música vai sendo tocada, a montanha desaparece, o exercício respiratório continua e então estamos mergulhados numa luz intensa!

Paz de espírito!



quinta-feira, 28 de julho de 2011

JOHREI

Aqui em São João del rei existe um templo de Johrei e ontem aconteceu um evento especial, com ministros da casa, do qual participei. Johrei é uma linha espiritualista japonesa. É um processo de cura e emanação de energia de Deus, é muito forte e purificador!

O templo tem aquela levada japonesa: móveis retos de madeira, quadros com textos, flores delicadas... é muito bonito e a aplicação dá uma paz de espírito imensa! Não uma paz insossa, mas uma paz ativa, uma centelha divina!

A casa estava cheia, vi uma amiga minha e depois fui recebido por uma senhora, negra, imensa, mas que me aplicou um Johrei num momento em que eu estava chorando muito e então, não sei porque, me abri com aquela mulher! Quem leu a Cabana sabe quem é Papai, que no livro é Deus que se apresenta na forma de uma mulher negra imensa, então ontem tive certeza que aquela mulher era Papai!

Por isso chorei tanto e depois me senti imensamente bem com ela!

terça-feira, 26 de julho de 2011

MALIGNO!

Dentro muy dentro, como um implante...
Incrustrado en mi interior
En mi cerebro
Loop inpacable
Mi voluntad destrujo

Poquito a poco
Tu te instalaste
Eres huespede o invasor

Tienes mis dias de fatal melancolia
Eres el acho que astijo toda mi vida

Premeditado e divina

Cruel e diespedado
Mi has humillado
A su embargo
Aqui estou
Aun que me ultrajes
Aun que me uses
Siempre a su disposicion

Se acabo
Lle chegaram ao limite
De mi ciega devocion

Tienes mis dias de fatal melancolia
Eres el acho que astijo toda mi vida

Premeditada e Divina....


Tirando o melodrama próprio da latinidade da Andrea Echeverri, essa música fala muita coisa interessante, além de ser linda! Olhar para dentro, olhar bem para dentro e encontrar com certos... incômodos em você mesmo.

Ser.

Só isso. Só que nessa busca vou encontrando alguns hóspedes (ou seriam invasores?), no meio do caminho.

Estou fazendo um cachecol, comprei um tear muito maneiro. Isso me fez lembrar das linhas de energia que vejo em mim mesmo. As vezes vocês se confundem se você é você mesmo, ou sou só eu?

A psicologia chama isso de transferência. O que eu gostaria, é que as pessoas transmitissem apenas coisas boas por transferência, só as qualidades deveriam ser passadas pra frente, os defeitos deveriam explodir no espaço, qualquer coisa assim sei lá.

Mas a real é muitas vezes os piores defeitos são transferidos. Os que mais tememos. De repente estamos iguais ao que temíamos. Eu sempre penso no Jeison, Sexta-Feira 13 quando toco nesse assunto de transferência de aspectos negativos. Tem uma fase da história em que mostram um garotinho que era aterrorizado pelo Jeison. O garoto passa a infância toda correndo do Jeison, mas cresce e Voilà - O garotinho se transforma no novo Jeison. Sinistro! E real.

Sei lá, muitas vezes percebo defeitos em mim que são transferidos de outras pessoas. Mas eu tento me limpar, desembaraçar as linhas. Estou no Johrei agora que é uma espécie de passe japonês. Muito bom!

Yo no quero ser nada que no seja yo!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

ALTO PARAÍSO!

Férias! De repente o sol mais brilhante do mundo! Caminhando em jardins suspensos, revejo lugares e
pessoas! Deleite!

Não tem como não se sentir bem (e também mal, mexido) em Alto Paraíso. Chegando de Minas Gerais, amanheço o dia em Cristalina, onde já é possível perceber a mudança de relevo e vegetação. A grama mais seca, dourada. As árvores fortes, retorcidas, com caules de casca grossa e folhas surradas refletindo também a luz do sol. Ilhas de pedra e árvores. Céu violeta e laranja e o horizonte profuuundo....

"Ufa, casa!" E muitas lembranças e sensações boas me tomam.

Alto Paraíso é assim. Você se estressa por alguma razão, aí vai dar uma volta e dá de cara com a Serra da Baliza (magnífica). Vira mais uma esquina, morro da Conceição com planícies e jardins naturais perfeitos. Tá sem grana? Dá pra pegar um trilha secreta no morro, caminhar, suar, tomar banho de sol e chegar num abismo com vista pra Deus e tomar um banho na alma!

Só isso.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Neto em cromos!

Um dia de sol, uma câmera boa e free na mão.
Vamos fotografar!
Esse sou eu em figuras!


Pra mim é um símbolo de trekking misturado com conforto e ar puro nos pés!

Minha inseparável companheira de aventuras!
Meus super herois favoritos.

Relax para a vida!
El cielo es azul e o espacio esta lleno de luz!
Meu Digiorgio Folk Novo Delícia!! Só toco coisa própria!
Maiores informações em http://www.redmosquito-neto.blogspot.com/ (ou no meu boletim)
Quintalzinho novo com mamões esporádicos!
Fachada casa nova. Solitária e romântica ao mesmo tempo
Mãe, quero ser fotógrafo!
Ensaboa mulata ensaboa!  Fazendo uma análise crítica literária filosófica-de-butiquim poderíamos dizer simplesmente que roupa suja se lava em casa! hahahaha...
Meu Arcanjo São Miguel!
Meu nariz refinado e bahiano
Altarzinho
Um cantinho especial no CTAN

Uma Tabebuia sp (Ipe roxo) em frente a minha sala.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Os últimos super hérois.

Sempre, sempre valerá a pena recordar dessa fase tão bacana da minha vida.

Os últimos super hérois é um livro escrito por um autor não muito famoso chamado Roberto Amado, cujo capítulo 2 foi adaptado pela galera do GAMA (Grupo de Apoio ao Meio Ambiente) de Alto Paraíso, que adaptou para a peça que marcaria nossas vidas para sempre: V de Que?

O livro conta a história de um grupo de adolescentes que eram tão amigos que haviam se fundido em um só. Escolhido com primozia por nosso querido Maurão Soares, um texto adaptado para a peça foi um presente pois traduzia tudo aquilo que vivemos há dez ou quinze anos atrás. A montagem da peça era simplesmente genial, pena que o tempo levou os últimos registros da peça que fizemos em 1997! (Caraca, quanto tempo, parece que foi ontem!).

A cena contava a história de jovens que eram extremamente unidos, que amavam uns aos outros acima de qualquer coisa. Até que dois adolescentes do grupo se apaixonam, começam a transar e então se separam e as brigas dos dois contagiam todo o grupo que acaba se separando. Final triste. Mas o interessante é como a esquete foi montada. Por se tratarem de memórias, idealizamos a cena como um imenso álbum de fotografias. Foi muito bem marcado e ensaiado, modéstia a parte. A cena começava com um palco escuro e então um flash era batido na platéia e as luzes se acendiam. Éramos retratos vivos, ficávamos congelados formando uma imagem que ilustrava a cena que seria narrada. Do meio das estátuas saía um narrador, contava sua parte e então voltava para seu lugar. As luzes se apagavam novamente, mudávamos de posição no escuro e outro flash era batido e outro narrador saía da foto viva para contar sua parte da história!

Tentei buscar o texto na net para postar aqui mas não encontrei. Lembro vagamente...

" Tínhamos então entre quinze e dezessete anos e éramos gordos e magros, alegres e belos saudáveis e despreocupados. Costumávamos dizer que gostávamos muito uns dos outros...."! "Éramos cinco ou seis ou sete, mas na verdade éramos um só"

" Ficamos amigos logo no primeiro dia de aula..."

" Talvez fosse a política o que mais nos unia. Com nossos livros e ideologias a tiracolo passavámos tardes e tardes discutindo{...}

"Talvez fossem as viagens o que mais nos uniam.{...}Com nossas mochilas molambentas, nos amontoávamos em barracas perto do mar, de onde sonhávamos olhando as estrelas....

" Talvez fossem os sonhos o que mais nos unia... Sonhávamos em ser grandes artistas, arquitetos, escritores... Com nossas casinhas em cima do morro coberta de bosques"

"Talvez fosse a música o que mais nos unia.... Ìamos juntos aos shows de rock aonde agítavamos nossos corpos frenéticos e dançávamos até amanhecer, chorávamos junto com nosso ídolos e nos entregávamos ao jogo lúdico dos nossos corpos..."

"Talvez fosse o amor o que mais nos unia... Nas tardes de sol, sentávamos juntos para fazer nada apenas pelo prazer de estarmos juntos..."

.....

Pena que não tenho o texto aqui , vou procurar... Foi uma das coisas mais bonitas que já fiz na vida, vou procurar o texto pra postar aqui.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

SODA STEREO E CAFE TACUBA

Latinidade já!! Nos últimos anos venho me aventurado no mundo da música latina. Há alguns anos atrás dava a impressão de música cafona, o interessante era música inglesa ou ianque. Mas os ianques hoje são bregas e os ingleses tem que se cuidar para não cair na pieguice. E as latinas? Poxa, muita música boa, de primeiríssima, mas que são conhecidas apenas num nicho de rock alternativo.

Já falei do Aterciopelados, do quanto eles estão fazendo sucesso mundial e talz.... Agora estou descobrindo outra coisa muito boa: Soda Stereo, uma banda argentina, considerada como uma das principais bandas latino americanas! Eles gravaram uma música com a Andrea Echeverri (Aterciopelados), uma música estupenda que se chama Ciudad de La Furia. Existe também uma versão da Shakira, mas aí já é uma levada pop, não tão boa quanto a versão original. Putz estou escutando outras músicas da banda exatamente nesse momento, e é bom mesmo! Infelizmente a banda se desfez!



Café Tacuba é mexicano e é um som muito bacana, de primeira. Veteranos no cenário musical mexicano e também mundial os caras produziram recentemente um longa metragem contando toda sua história, parece uma produção bem bacana ainda não assisti. Noutro dia entrei numa loja de discos em São João del Rei e encontrei um DVD do show acústico deles, no meio dos DVDs de forró brasileiro, por vinte paus! Nem pensei, tinha dinheiro no bolso, comprei na hora e não me arrependi. Um acústico excelente, animado, com vários instrumentos exóticos. Destaque para a canção Las Flores com a participação muito especial de um violinista que faz um solo muito bom!



Galera! Esse é um chamado pra pararmos de valorizar e escutar porcarias enlatadas norte americanas do tipo Lady Gaga ou Justin Bieber, e passemos a prestar atenção no que está próximo de nós e tem qualidade dez mil vezes superior!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

MEU VERDADEIRO AMOR.

É pessoal, choro vai, choro vem... Mulher vai, mulher vem.... Amor vai e vem...

Mas meu amor verdadeiro é esse serzinho maravilhoso que só trouxe alegria. Essa é a Sarinha minha filhotinha. Agora com seis anos e meio, super esperta, leitora de quadrinhos assídua!!!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Entrelinhas

Não busquem sentido aqui.
O sentido é sentido. Só eu sei do que se trata. Aplacando a dor!

Poema.
Você.
Bonito.
Bom.
Sua alma.
Linda.
Você.
Essência.
Também.
Agora.
Continuar.
Vida.
Aceitar.
Nós.
Eu.
Te conhecer mais profundamente.
Internamente.
Me convencer.
Ótimo.
A gente.
Ficar.
Quer.
Isso.
Pessoa ótima.
Muitas qualidades.
Muito valor.
Espiritualizada.
Gostar de si mesmo.
Nós.
Conversamos.
Relacionamento.
Você.
Você.
Você.
Você.
Adapte.
Encontrar as pessoas.
Agradeça.
Possível.
Aberto.
Começar de novo.
Fortaleça-se.
Cuide-se.
Atrair.
Essência Linda.
Continuo.
Você.
Qualidades.
Realidade.
Encaixar.
Universo.
Oportunidade.
Viver.
Viva o presente.
Agradeça a Deus.
Vai passar.
Muita luz e alegria.
Sinta.
Seja amor.
Você é capaz.
Sentir amor.
Se ame.
Guarde esse amor.
Quando estiver pronto.

Digamos que peguei umas mexiricas e extraí esse suco. É o que uma pessoa linda sente ou sentiu a meu respeito. Não é show?

BOB DYLAN E ELIS REGINA

Uau, uma lenda falando sobre outra:


Quem diria, o Bob Dylan, cantor folk norte americano, ícone da contracultura e que acaba de completar 70 anos de vida era fã da Elis! Nesse vídeo, o Bob apresenta o Brasil e conta um pouco da trajetória dessa inesquecível cantora popular brasileira. Bob Dylan é instigante. Além de ser um som agradável de se escutar, suas letras traziam temas políticos e ambientais, temas que questionavam a natureza humana. E Elis é a interprete brasileira que soube melhor que ninguém como trazer a emoção pura para suas canções. Ela é puro amor, é pura energia, puro ímpeto, pura vibração.

terça-feira, 24 de maio de 2011

JAGADEVANDO

Uau.... as mudanças já aconteceram!

Me sinto tão forte que talvez exploda! Mas não explodirei porque é uma força física mas é também uma força fina. Força que ama, que ri, constrói...

Jagadeva, um novo homem. Casa nova, vida nova...

Luz e alegria preenchendo todos os recantos todos os momentos.

É bom estar sozinho. É aquela história do velho monstro Caban, que sou eu. Um momento de solidão para organizar tudo e varrer a sujeira que embaça a mente!

O Osho diferencia SOLIDÃO de SOLITUDE. Solidão é estar sem ninguém e triste, precisando estar com alguém. Solitude é estar consigo mesmo e feliz.

Cara.... Minha vida inteira foi de solitude, isso é que é incrível. Eu adoro estar comigo mesmo. Sou a pessoa mais interessante desse planeta, em solitude!

O problema é lidar com os outros, mas eu aprendo!

É como se eu tivesse começado a viver agora. Mas já nasci velho e sou um velho criança!

Sou um homem que sorri e brinca e ainda assim sou homem!

É bom criar! É bom fluir! Meditar sempre, cada vez mais!!!

Estou escrevendo com uma luz que insiste em brilhar por detrás do meu umbigo!

Sim, é ela que cria muitas coisas, a luz por detrás do umbigo!

Felicidade já!

E sempre.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

LETRAS

Algumas letras minhas, pra deixar registrado.

Essa é uma das últimas, incompleta. É uma espécie de baladinha:

MUDANÇA
Tudo mudou,
Tudo mudou
Eu já não sei aonde estou
E já não sei mais pra lado eu vou.

Você se foi e tudo ficou assim tão estranho
E a vontade de te ter me deixa medonho
Cade você
Cadê nós?

Essa acho engraçada é sobre o entregador de jornais, anos atrás lá em Brasília que passava as seis da manhã entregando o Correio Braziliense e gritando "Olha aÊ o correio!"

CORREIO
Seis e meia da manhã
Estou de volta em Brasília
É tempo de ir trabalhar
Com a cara enrugada
Minha casa é uma ilha
Desperto com um celular
Dou um pulo da cama
E com o passo meio trôpego
Os dentes vou escovar
E da janela do banheiro
Vem o sol em meu rosto
E um grito que vem de lá:

Olha aí o Correio! (BIS)

Uma batida na porta
Corro só de meias
Pro meu jornal ir pegar
Mas já são sete horas
Queria um  café
Mas não posso mais me atrasar
Vejo a luz do dia
O que logo me anima
E o carteiro segue a gritar
Entro em casa correndo
Amarrando os cadarços
E na primeira página está

Olha Aí o Correio! (Bis)

O jornal é uma bomba
E a bomba é notícia
Meu café já posso tomar
Aconteceu uma tragédia
Mas foi uma delícia
Ver o patrão se descabelar
Foi na noite passada
Numa ação terrorista
Meu Deus quem é que vai pagar
E pelo que li já chamaram a perícia
Pro fogo não se alastrar!

Olha aí o Correio!

Essa foi feita numa única sentada. Digamos que é sobre decepções e sobre o tempo presente.

PRESENTE
Não quero nada desse tempo além
De um presente que me faça bem
Não vou deitar e só dizer amém
Sem provar o que a existência tem.

Não quero estar de fora quando eu voltar
Ver as folhas caindo e você passar
Não sei bem certo aonde quero chegar
É que decerto eu já estou lá

Acorde
Recorde
A Sorte
De um record

Construir um sonho que ficou
Baseado no meu nobre amor
Alimente o que você plantou
Com o sentimento que você lançou

Recordações de um tempo que passou
Quando a dormência me paralisou
Trazendo frutos de um dissabor
Que me ensinaram o que é dor e o que é amor

Acorde
Recorde
A sorte
De um record!

Depois publico mais!

Força Palavra

Palavras são pedras.

As vezes preciosas noutras, pesadas.
A palavra engasga.
Brilha bonita na mente, mas nem sempre atinge o que vem pela frente.

Palavras ferem.
As vezes mais que um tapa.

Palavras bonitas negadas.
Engasgam e viram lágrimas.
Implodem em tristeza.

O que era pura alegria.

Palavra não compreendida.
Vira dor. Vira medo. Vira intolerância.

Palavra que preenche um blog.
Um livro. Um caderno. Um diário.

Palavra-prazer.

Palavra ação.
As vezes assusta, as vezes movimenta.

Palavras não ditas.
Tantas.

E a dúvida permanece.
Teria sido melhor dizê-las?
Ou o silêncio fala mais alto que todas?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Porques....

Porque além de ser linda diariamente você tem uma beleza secreta, iluminada que só alguns podem ver.
Porque você me dá forças quando eu nem percebo.
Porque você ensina.
Porque você escreve.
Porque eu me encontro em detalhes seus.
Porque sua risada me conforta.
Porque você acha que eu falo "Porque de", quando na verdade eu falo Por causa de. Ou não.
Porque você curte Smiths.
Porque você desenha.
Porque você é uma mente afiada.
Porque você compõe.
Porque ouvir você tocar é como receber flores no coração.
Porque você compartilha sonhos comigo.
Porque você gosta de gatos.
Porque eu me assusto com a sua casca e me impressiono com o quanto amo sua essência.
Porque você sempre chamou seus pais pelo nome.
Porque você toma café sem açúcar.
Porque você está me transformando em um super homem.
Porque eu descobri que uma das músicas que mais amo do Caetano Veloso se chama "Vera Gata!"
Porque você faz instrumentos.
E cachecóis. E grão de bico. E música. E poesia.
Porque você curtiu Aterciopelados.
Porque do, digo por ter me apresentado Leonard Cohen e Cat Power.
Porque acreditou em mim e me viu como um homem belo.
Porque você tem Fernanda, Cláudia e Heloísa que eu amei de soslaio, enquanto pessoas e nem sei se te falei.
Porque você falou "condescendente" na primeira conversa que tivemos.
Porque amo seu corpo.
Porque você faz yoga.
Porque você gosta de me ver dormir.
Porque você me ensinou a discutir sobre o gênero.
Porque você é livre.
Porque você é forte.
Porque você é amor.
Porque amo.


Só por isso que eu choro. E choro porque sou homem de verdade. Não sou homem performando que tem que ser fortão o tempo todo. Choro porque amo.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

BANDAS DE GARAGEM...




Éssa é a expressão que queria encontrar - bandas de garagem. Muito a minha cara isso. No momento descobrindo duas bandas que seguem essa tendência. Radiohead (nem tanto porque já ficou muito pop, mas tem as origens nos pubs britânicos) e The Smiths ( típico rock dos anos 80 que curto)

Smiths é uma banda que eu sempre ouvi falar e sempre tive certeza que iria gostar quando conhecesse melhor. Não deu outra. Banda foda, traduz alguns sentimentos assim como o Renato Russo fez tão bem com os jovens brasileiros. E vejam onde os babaquinhas do Restart se inspiraram! Coitados não chegam nem aos pés!!!

Legião é outra coisa que ressurgiu das cinzas.... Essa semana me peguei sendo traduzido por velhas canções do Legião, que de repente pareceram tão atuais.... "Gosto de ver você dormir, que nem criança com a boca aberta....""

Tem várias outras coisas "garagentas" ou "ex-garagentas" que curto: The Cranberries, Aterciopelados,  Pato Fu, Cafe Tacuba, etc...

Singelo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

KEFIR

Cara, Kefir!!!

Kefir é uma experiência maluca e saudável que tive a oportunidade de realizar. Kefir é um conjunto de mais de 20 microorganismos que fortalecem a flora intestinal humana. É usado desde a antiguidade e vem dos árabes, parece um sagú grande e faz bem pros intestinos e para a pele. Geralmente cultivamos em leite ou em um pouco de suco de limão e é louquíssimo pois as bactérias vão se multiplicando então temos que sempre dar um pouco para alguém para manter a coisa viva e gerar um fluxo! È uma espécie de remédio, é um pouco antidepressivo também. Deixa-se imerso no leite ou suco de um dia para ou outro e então bebemos o resultado disso que é um fermentado quase gostoso!


Já fazem uns dois anos que não vejo kefir, se alguém tiver e quiser me mandar agradeço!

OBRIGADO CORPO

Ontem comecei uma série ótima de meditações do Osho. Observar o corpo, identificar os problemas e conversar aberta e tranquilamente com o próprio corpo. Num certo momento, temos que dizer, obrigado corpo, por tudo que tem feito por mim. É um ponto de vista interessante, o qual nunca tinha parado para observar. O corpo, automaticamente, faz tantas coisas por nós mesmos. Respira sem que tenhamos que fazer força, oxigena os tecidos, digere o alimento, processa os sais, dentre milhões de outras coisas das quais nem nos damos conta!
Então fui praticar isso ontem e me caiu uma ficha: plim! Apesar de estudar várias coisas, nunca tinha agradecido meu próprio corpo. E é impressionante a sensação de bem estar que vem com isso!

Experimentem! Deem um abraço em vocês mesmos e digam - Valeu por tudo meu corpo, você é perfeito!


terça-feira, 26 de abril de 2011

OSHO'S WAY OF LIFE

Meu nome agora é Jagadeva, que significa O Divino do Mundo.

Jihana é uma palavra que não tem tradução em português. É sãnscrito e quer dizer "Estar em meditação"....

Eu tenho tentado atingir o Jihana, segundo o Osho, quando atingimos esse estado nossa mente passa simplesmente a atuar o tempo todo conectada com o Eu verdadeiro, e isso não nos desliga do mundo, podemos fazer tudo enquanto estamos nesse estado de meditação.

O Osho era um professor de filosofia numa universidade indiana, viveu nas décadas de 70 e 80. Suas aulas eram muito frequentadas porque eram as únicas onde homens e mulheres podiam sentar juntos para debater livremente. Ele escreveu mais de 600 livros e prega que a meditação é uma forma de encontrar o caminho espiritual sem amarras a religiões. E ele ensina várias técnicas de meditação e era super engraçado, questionador, instigador.... E aliviador também, eu diria. O Osho era um sábio, conhecia a natureza humana, a natureza divina e a natureza das relações humanas.

Estou tentando algumas coisas, quero praticar cada vez mais, porque faz muito bem!


P.S. - Paralelamente, sem que tivéssemos nos comunicado, minha ex-namorada foi para São Paulo e voltou dizendo que reencontrou uns amigos que curtem o Osho e viu um tarô excelente do Osho e quase comprou.

Se fosse a época que eu ainda estava empolgado com a leitura da Profecia Celestina ficaria animadíssimo, pois coincidências não existem. Mas enfim, acho que No Mind é a resposta!


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Waiting for a Change of Heart

I've been waiting for a change of heart...

Nossa como escutava essa música da Cindy Lauper, com quatorze anos e como essa frase resume o que sinto aos 28.

Waiting for a change of heart...
                  a change of heart
                     change of heart
                                of heart
                                    heart...

Exatamente esperando mudanças. Esperando mudanças que talvez nunca venham e aprendendo aceitar cada detalhe. Cada falha. É uma luta, porque se é falha é difícil aceitar. Mas tenho que aceitar.

São tantos detalhes. De mim mesmo para mim mesmo. Tantas coisas que eu penso que não vivi. Tantas frases que queria ter dito, gestos que queria ter feito, olhares, beijos e vitórias que queria ter conquistado.

Foi incrível o dia em que eu assisti a um filme do Jim Carrey chamado O Show de Truman. Pensei que tinham descoberto tudo o que eu pensava durante a infância e adaptado em um filme. Aquilo ali é exatamente como eu me sentia aos oito, nove anos. Eu tinha certeza que minha mãe era uma atriz contratada e vez ou outra olhava para trás rapidamente, pois tinha certeza de que iria encontrar um cameraman escondido.

Isso foi bem antes de inventarem reality shows, pelo menos aqui no Brasil. Eu achava que minha vida era transmitida, de algum jeito em algum lugar... Depois vieram uns pensamentos de que a realidade espiritual nos observa o tempo inteiro´, já li alguma coisa mais ou menos assim, então acho que quando criança tinha uma ligação mais forte com a realidade espiritual e por isso ficava procurando as câmeras.

É um querer eterno. Ser uma pessoa feliz e adulta. Quando eu tinha uns dez ou onze anos eu queria ser adolescente, porque via filmes e séries onde os adolescente sempre apareciam super bonitos, então eu achava que aquilo seria um status a mais, a adolescencia. Lembro que eu inventava uns trejeitos, que via na TV e imitava. Tipo, carregar mochila só por uma alça. Aos dez anos eu fazia isso e me via como o cara mais descolado do planeta.

Ser menos irritadiço e mais esperto. Sorrir mais, botar o Mouse pra fora! Eu fico cansado de mim mesmo, mas eu me aceito mesmo assim.

Ser mais parceiro. Preencher certas lacunas que eu nunca consegui preencher. Só sei da dor gerada aqui dentro.

Eu sou Terra, Caban. Sou um monstro que navega pela superfície do planeta, uma espécie de terremoto humano. Uma das características das pessoas que tem esse selo maia é a personalidade controversa. Eu já me peguei tanto por ser assim, uma hora falo uma coisa e faço outra. Me vejo fazendo algo mas faço outro algo totalmente diferente. E com a terapia me vejo numa situação e num pensamento novo e controverso também: se tudo tem que ser feito pra mim, isso não me torna uma pessoa egoísta?

Equilíbrio para os povos.

VIDA NOVA

Nova Vida...

Entrei num processo de auto-reconhecimento, há alguns meses. Estou tentando mergulhar cada vez mais fundo no mar interior. Meditações de várias formas, pelo menos tentativas. Bom humor novamente. Recebi até um nome sannyas!

Nossa adorei. Foi como se alguém tivesse resumido um monte de coisa que sou, que já me falaram. Foi como um presente de autoconhecimento e foi uma lembrança ao mesmo tempo. Uma novidade que também é lembrança. Não vou dizer aqui qual é, porque acho que é uma coisa mais intimista, um nome do espírito, mas vou contar para as pessoas certas!

Quero mergulhar cada vez mais fundo.

Não tem outro caminho.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

DIVIDIR PARA CONQUISTAR

Divide to conquer...

É... é uma sequencia de histórias da Marvel. Apareceu nos X-men, não sei exatamente do que se trata. Mas parece o momento que vivo agora no relacionamento. 

Break up!
Separação.
Dividir
Para conquistar?

Outro dia a Aninha me mandou um texto que falava sobre a teia de fios emocionais que nos envolvem e envolvem todas as pessoas com quem  nos relacionamos. 


É uma rede. Que as vezes se embaraça.
Por mais doloroso que seja, aos poucos começo a perceber que o corte dos fios embaraçados é muito importante. Desembaraçar para poder fluir direito. Demorou um pouco para perceber e doeu olhar para mim e não me ver saindo de letra de uma situação literalmente embaraçosa. 

Dividir para conquistar. É uma dicotomia muito louca. Aquilo que quero ser versus aquilo que realmente sou. E acrescente-se a isso aquilo que os outros pensam que sou! Haja! Sou um prisma que mistura tudo isso, mas as vezes os reflexos se embaçam. 

Agora ando na corda bamba da reconquista. Isso pode, isso não pode? Será que quero, será que ela quer ou vai querer um dia? É um exercício pra lá de superador! Rir. Ficar incondicionalmente feliz, aconteça o que acontecer. É como se eu estivesse dentro de uma redoma de vidro que só algumas pessoas em alguns momentos tem o poder de atravessar. As vezes eu quero que elas entrem na redoma, mas nem sempre consigo. As vezes observo ela se aproximando da redoma, acho que vai entrar, mas então qualquer movimento hesitante que eu faça a afasta. Não dá pra ir com força e também não dá pra ser devagar. É tipo uma corrida contra mim mesmo.

Afinal o que mudou em mim? O que eu tinha de interessante que não tenho mais? Ou a mudança não foi em mim? Também não dá pra ficar tentando ser outra pessoa, mas tenho uma sede de ser mais ativo! 
Mais efetivo e vivo!

Essa sede as vezes me engolfa, mas as vezes sufoca o outro também. 

Sinto falta do diálogo, pra mim já tão difícil. Falta de falar com alegria e ouvir alegria. 

Vontade de desenhar, dormir junto.

Cada dia um desafio. Um pedacinho de solidez reconstruído. Não dá pra ser muito sentimental. É piegas e enjoa. Não dá pra ser estúpido. Fere e repele! 

Amor. Corda bamba absoluta!

Dividir para conquistar.

Engraçado como depois de tudo fiquei sonhando com coisinhas, coisinhas.... A terapeuta disse que os sonhos não morrem continuam comigo, mas por uns momentos bateu um vaziozão, se me permitem um neologismo. Coisinhas que vivi mas que quero muito mais, quero melhor, quero mais leve, mais sorridente, mais inteiro, mais riso....

Construir junto, ainda acho. Amanhecer com um sorriso e um abraço, música juntos, poesia. Lavar roupa. Sair. Viajar. Fazer compras. Livros, livros, livros. Noites, noites, noites. Amigos, amigos, amigos. Horta, Reiki, amigos psicólogos.

Oi Você se Ama? Eu me amo e Você? Eu me amo e você?

*(Lá em casa, com dois psicólogos bombando e eu na terapia a coisa tá nesse nível!!)

Cachoeira limpa, que só conhecemos uma. Banho de sol. Faxina com todos os tapetes e almofadas no sol.
Banho de sol, banho na horta, banho na gente...

Coisinhas, coisinhas...

Felicidade é o sorriso matinal. O resto é história.

Mocoto Jam!


















Passeando pelo YouTube encontrei alguns vídeos do que é mais próximo para mim da melhor banda de todos os tempos - a banda da galera: Mocotó Jam.
 Não sei se a turma dos cabeludos sabem, até porque não costumava estar muito consciente durante os shows!!, mas sou fã impagável dessa banda!
Me lembram alguns dos melhores momentos da vida, galera jovem, magra, unida, nos festivais, nas fogueiróvskas, no GAMA....
Os caras faziam a galera vibrar como se tivessem saído diretamente do WoodStock ou qualquer outro festival semelhante de psicodelia dos anos 70. Com um repertório recheado de músicas do Led Zepellin, The Doors, Iron Maiden, Black  Sabath, Pearl Jam, o sexteto formado por D.V. nos vocais, Marcelo Dal Col, Prapat e Leo nas guitarras, Beco no baixo e Ken na batera simplesmente fez a cabeça de muita gente há uns 10 anos atrás em Alto Paraíso e Brasília.
Eles tinham um talento foda e muita técnica também. Conheci e aprendi muita coisa de música com os cabeludos. Os cara moravam juntos meio em comunidade e todas as meninas da cidade morriam por eles!

Cabeludos, valeu!, saudades dos tempos áureos de shows, galera e mulheres!



sexta-feira, 8 de abril de 2011

TERAPEUTICAMENTE FALANDO...

Se me virem me dando umas pancadinhas em alguns pontos do corpo por aí, não se preocupem, não é mais uma loucura, é só uma autoaplicação de uma técnica terapêutica chamada EFT - Emotional Freedom Technique...

Galera...

A coisa funciona. Foi descoberta a alguns anos por um canadense chamado Gary Craig e é uma mistura de abordagem da psicologia positivista com alguns pontos da acupuntura, só que aqui não rolam agulhas, apenas pequenas batidinhas nos pontos corretos. Segundo os EFT pratictioners, os praticantes de EFT, essa técnica funciona desobstruindo sentimentos negativos, inclusive do passado, que estão nos meridianos energéticos do corpo e geram todo tipo de doença.


Eu estou fazendo terapia e morando com dois psicólogos e paralelamente vou aproveitando todas as coisas que já conheço e que sei que fazem bem: EFT, Reiki, Johrei... To tomando overdoses dessas três! Estou tendo oportunidade de comparar a abordagem tradicional com as alternativas e e agora que já venho fazendo autoaplicação de EFT (é sempre autoaplicação), estou começando a perceber o quanto a coisa funciona. A psicologia sempre põe a responsabilidade de tudo o que acontece na nossa vida em nós mesmos: se alguém nos agrediu é porque talvez estejamos sendo agressivos com nós mesmos, se não nos amam mais, talvez seja porque nosso amor próprio tenha sumido. Como a EFT é feita sempre com uma série de afirmações, mais ou menos assim: " Apesar de ter tal e tal problema, eu me amo e me aceito profunda e completamente!!!" e aí a pessoa vai fazendo acunpressão nos pontos indicados. É como uma lavagem cerebral, só que na verdade só de coisas positivas, você induz o cerebro a pensar de forma mais correta, a ter sentimentos mais leves e saudáveis.

Eu comecei esse blog chorando igual um louco. Deu pra perceber que rompi um relacionamento e que foi doloroso. Bem, o relacionamento não foi reatado ainda, mas estou muito mais feliz.

È bem difícil entender isso, mas a terapia tem me ajudado.

Eu DEVO me sentir feliz, independentemente de qualquer pessoa nesse mundo!

É claro que eu amo as pessoas, e me sinto muitas vezes sozinho, pesado, enfins... Mas a verdade é que eu me sentia assim. Hoje estou aprendendo a observar o quanto sou maravilhoso.  Pode parecer um pouco "Narciso que acha feio o que não é espelho", só que estou aprendendo a lidar com isso porque se eu não achar o espelho lindo, se eu achar que o espelho é uma merda, o espelho também vai achar que a imagem nele refletida é de um merda.

E eu não sou merda. Sou luz!

E agora que descobri a EFT não consigo mais largar. É EFT para tudo - dores emocionais, dores existenciais, dores de cabeça, raiva acumulada, frustração, rejeição, autoafirmação, tranquilidade (ou não) nos relacionamentos, coordenação motora, enfim... Toda vez que estou fazendo, lembro de mais uma coisa que quero melhorar e então faço outra vez e outra vez...

Por isso que eu virei o super homem!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

ATERCIOPELADOS

Fazem exatamente 10 anos que os conheci. Hoje e nesses 10 anos a banda colombiana liderada pelo casal  Andrea Echeverri e Hector Buitrago representa uma porção de coisas para mim. Nos primórdios, quando fui apresentado, pela querida Silmara, uma amigona que agora se chama Aurati, eu tinha uma fitinha do disco El Dorado. Lembro bem da minha irmã entrando no meu quarto onde eu mofava ouvindo a fitinha que tinha Aterciopelados de um lado e Cafe Tacuba de outro.

A Dali, minha mana, é bem engraçada. Superficialmente ela é bem pagodeira, mas no fundo ela tem um gosto musical refinado!! Me lembro agora desse dia, eu com 17 anos e ela com 14, entrando no meu quarto, ouvindo o Aterciopelados pela primeira  vez e dizendo "Uau, pop rock latino!!!" . A gente sempre foi parceiro de dança e lembro que nesse dia a demos muita risada e dançamos ao som de "El Dorado" " Bolero Falaz" e "Sueños del 95" uma canção que especialmente me remete a essa época. Uma época em que a vida era mais leve e eu era mais seguro de mim, trancado no quarto ouvindo Aterciopelados no maior volume.

Eu sempre ouvi uma coisa ou outra, mas não acompanhei a evolução da banda, pois em alguns momentos eu fiquei meio fora do ar. Só que nos últimos três anos voltei a escutar muito e recomendo muito!!!! É uma banda de rock que depois passou a tomar ayuasca e então passaram a fazer umas canções mais espiritualizadas. Eles já tem 20 anos de carreira, uns 10 discos gravados. Já ganharam vários Emmys e hoje são considerados como uma das melhores bandas do mundo. Porque os caras tem um som elegante, fazem harmonias belíssimas, e é rock n'roll, de qualidade, mas com influências de músicas regionais latinas, como a salsa .

Com o youtube, comecei a ver muitos vídeos dos caras, e recentemente comprei um disco maravilhoso chamado Evolucion! Um dia desses peguei o e-mail da vocalista e não é que a bonitinha me respondeu?! Super simpática, me mandou muitos beijos e agradeceu o e-mail carinhoso que mandei para ela! Ela me contou que eles já vieram no Brasil três vezes e eu fiquei putíssimo por que simplesmente não fiquei sabendo desses shows, e um foi em Brasília!!! Agora vez ou outra mando um e-mail para ela: Andrea quero ver o Aterciopelados, mas ela disse que eles não tem planos de tocar no Brasil. Eles já rodaram o mundo inteiro, mas atualmente estão sendo os queridinhos dos norte americanos.

Estou fazendo esse post, porque infelizmente o Brasil ainda não conhece muito bem essa banda maravilhosa, então faço um trabalhinho de divulgação para eles. Enquanto o povo fica ouvindo Justin Bieber e Funk, um monte de coisas boas que temos aqui mesmo no nosso continente acabam passando despercebidos. E não há versão nacional dos discos do Aterciopelados, o que encarece o material deles aqui no Brasil, acho que isso acontece justamente pela ignorância da galera que faz com que a demanda seja baixa e as gravadoras não se interessem por lançar versões nacionais dos discos.

Mas se você entende um pouquinho de música e gosta de rock, não tem como não gostar.
Algumas canções prefiletas, que recomendo:

"Bolero Falaz" - (É uma das primeiras, acho que a mais famosa de todas, um pop rock com uma letra, eu diria de "mulher revoltada")
 "El Dorado" - É um rock maravilhoso! A letra fala sobre perdas e acho que tem esse nome porque da lenda do Eldorado, um lugar mágico e perdido. Vale muito a pena!
"Sueños del 95" - Como o próprio nome diz, a música me remete a sonhos antigos. E a letra é foda, induz a uma interiorização - "Mirar me bien por dentro, ver el mar!!"
"El diablo" - A letra fala sobre cair em tentação e se deixar levar pelo diabo. É meio polêmica. Tem gente que não gosta, mas eu acho essa música simplesmente maravilhosA!
"Maligno" - É um tango, tem uma letra meio triste, mas é uma canção foda!
"Que te besen" - Que la felicidad los atropeje!!! Fala sobre bençãos e felicidades. Harmonia perfeita dessa canção.
"Luz Azul" - Fiz até uma versão em portugues dessa. É linda, já não é tão rock 'n'roll, é uma música mais dançante, com sintetizadores, mas a mensagem passada  é lindíssima . Algo como a versão que fiz, só que o original é espanhol (Se se meter numa enrascada, meu amigo, se lembre, que a vida é cor de rosa). É uma música sobre superação, poderosa, como diz a Andrea.
"La pipa de La paz" - É uma canção que tem uma força indígena. Maravilhosa!
"Nada que ver" - A letra é um pouco bobinha, sobre foras e término de relacionamento. Mas a canção é fodástica.

Vídeos na barra ao lado
!




Ouçam essas por enquanto, a banda tem muito mais coisas boas, mas por enquanto recomendo essas, minhas favoritas.