2012 se aproximando, tempo de confabular, confraternizar. É natal e o espírito de solenidade toma conta da galera. E 2012 lembra Profecia Maia. Eu, CABAN LUNAR, uma espécie de miniterremoto ambulante, um tanto quanto soturno um tanto quanto avoado, vive nos reinos mentais e se sincroniza com a vida ao seu redor, vim falar de um outro selo maia do qual sou muito afeiçoado. Sementes.
/Bem, só porque hoje é hoje. Hoje foi o dia em que de certa forma, e essa forma é a mais especial pra mim, eu reatei a amizade com duas pessoas muito importantes, sementes, na minha vida.
Sementes aos meus olhos são uma explosão de inovação, criatividade. Explosão rápida de cores, formas e sons. Criação, potencial que se expande. Inicio, germinação. Meu relacionamento com esses dois seres (cada um a seu modo, o primeiro uma grande amizade, o segundo um grande amor), segue com algumas coincidências de percurso mas em realidades paralelas, já que são amigos completamente únicos em seus universos próprios. De certa forma os dois seguiram um padrão semelhante (acho que esse padrão sou eu mesmo, o ponto em comum entre as duas pessoas, mas ok), um relacionamento aberto, tranquilo, confortador, ensinamentos trocados, segredos compartilhados. Enquanto ser Terra sinto que esses seres Semente vem deixar algo em mim, uma mensagem, uma luz, uma história. Eles vem, são e então germinam. E como fico sempre aqui por baixo, cuidando dos meus próprios nutrientes, do ciclo das águas que por mim correm e pela manutenção da vida que de mim brota, eu, a Terra, as vezes não alcanço e não percebo os galhos, agora longínquos, cheio de folhas e frutos, dessas sementes germinadas. Não vou me reter em detalhes técnicos e humanos, apenas espirituais. Hoje foi um momento de tomada de decisão interna, tive que optar e achei melhor optar por ter coragem e ter coragem de amar. Estou tentando apenas ser. Buscando forças para apenas ser independentemente das consequências. E uma mágica suave aconteceu. Não tem como não receber amor se vc cultiva Amor dentro e depois manda pra fora.
Os sementes. Algo neles muda, depois de um certo tempo. Eles germinam. E, claro, simplesmente não podem voltar atrás, uma vez que sua potencialidade tenha despertado. Mas a Terra, sempre plana, sempre cíclica, quase sempre reta deseja manter as sementes sempre bem protegidas, cotilédones só internos e bem nutridos dentro dela. Apesar de saber que isso sempre acontece de novo e de novo, pois é a vida se perpetuando, a Terra sempre se surpreende quando essas sementes dela germinam e então se afastam, mais e mais.. E a Terra chora e será que seu choro alimenta essas sementes? E as vezes a Terra chora por essas folhas que já não mais alcança, mas ela se conforta ao lembrar que um dias as folhas caírão de volta em seu aconchego.
Hoje, é com grande alívio que deixo registrada a lembrança do dia em que me aproximei um pouco mais de duas pessoas queridas!
Mesmo sendo uma coisa plana, reta, do chão, esse torrão aqui sabe que o relacionamento com essas Sementes jamais será o mesmo. Apesar da saudade do tempo em que dormiam tranquilas nas reentrâncias da minha proteção, Eu Terra sei que essas Sementes estão em constante germinação. Constante crescimento. E nada pode fazê-las voltar a ser o que eram antes, nem mesmo meu choro que as nutre. Nada a não ser o tempo. A não ser o próprio crescimento, que depois de um ciclo gerará novas Sementes, que acolherei e que chorarei ao perder mais uma vez, mas que um dia retornarão para a proteção e aconchego.
Mesmo sendo uma coisa plana, reta, do chão, esse torrão aqui sabe que o relacionamento com essas Sementes jamais será o mesmo. Apesar da saudade do tempo em que dormiam tranquilas nas reentrâncias da minha proteção, Eu Terra sei que essas Sementes estão em constante germinação. Constante crescimento. E nada pode fazê-las voltar a ser o que eram antes, nem mesmo meu choro que as nutre. Nada a não ser o tempo. A não ser o próprio crescimento, que depois de um ciclo gerará novas Sementes, que acolherei e que chorarei ao perder mais uma vez, mas que um dia retornarão para a proteção e aconchego.
Paz!