terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Mais do mesmo

Hey, menino branco o que é que você faz aqui? Subindo o morro pra tentar se divertir, mas já disse que não tem e você ainda quer mais....

the SaME!

O Mesmo com letra maiúscula mesmo que Deleuze tanto fala naquela bagaça chamada Diferença e Repetição. Mesmice. Mesmero. Merda. Merda se tornou uma palavra meio queer, polissêmica, designa coisas ruins, mas também coisas boas. É desejo de boa sorte no teatro. 

sAmE! (but not INsane anymore! despite my awkwardness)


Daqui de dentro fico só observando tudo se repetir. Eterno retorno. Não adianta se esforçar ou meSmo relaxar... Os amores são fugídeos. Escorrem como água por entre os dedos sempre. De perto sou insuportável. Esquizo (quase) frênico, quando não frenético, apático. Quando não pathos, paixão, patológico. Quando não pateta, cheio de pantonímias, paranóias ou placebos próprios.

Tudo mudou. Everything has changed, absolutely nothing changed. Quanto mais se expõem as tripas, mais aparecem abutres que gostam de fincar as garras e se deliciar com pedacinhos de pâncreas fresco. Quanto mais fechados os poros se tornam, mais rígidos são os resultados, a aparência, o movimento... You'll find your flow when you go robot!

o Quão ciborgues nos tornamos?  O quanto suportamos ser. Para fugir dos fluxos orgânicos ou para compreendê-los?Dias e noites conectado buscando, buscando, buscando... Desconecto, me encontro. E as repetições recomeçam....

Mais um, mais do mesmo... sou insuportável. Sou indecifrável, uma esfinge pós-moderna, pulverizada pelas letras, pelos cantos, cantorias, projetos, regras... Sou desejo enlatado.

É sempre a mesma fórmula. Tudo lindo, uma promessa de felicidade intensa, alguns probleminhas que não se quer ver, convivência, insuportabilidade... Agressões e desentendimentos. Até que chega a um fim. Doloroso e confuso, sempre. Sempre mais do mesmo. Careca de tanto viver a velha fórmula. Ciclo sem escape. Sempre penso que dessa vez vou escapar, só que não. Ou então me contento. Não tenho escape, não tem jeito. Mas acontece. E acaba e dói sempre.

E sempre fico tentando Ser mais, fazer mais, agradar mais, assustar menos. Não funciona. A mesma velha fórmula segue firme. Nada adianta. Geralmente só piora quanto mais tento.

Um eterno retorno do fim. Do vácuo solitário. This is the end, my only friend, the end.


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